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Você só precisava ficar junto

Quanto tempo eu não escrevo aqui, quanto tempo. Hoje lendo blogs de outras mães, senti tanta saudades de falar de você, de nós dois. Ainda é do mesmo jeito filhote, toda vez que a mamãe pensa em escrever algo sobre você, minha garganta trava…E eu choro feliz , de tanto te amar, as minhas melhores lágrimas.

Nesse momento, você dorme aqui do ladinho, no colchão inflável do supermercado que você escolheu pra ser seu novo berço, acompanhado de um barulhinho de chuva e das batidas das tecladas da sua mae nerd-viciadaeminternet-tuiteradozinferno. Você abandonou seu berço e a sua “solidão” bebê, custou a mamãe entender que você queria o calor, a companhia e o cheiro dela 24h por dia, custou.

Se você vai ser um dependente emocional ou frustrado que não sabe lidar com perdas e decepções eu não sei pequerrucho, alguns dizem que dormir com os pais transforma um bebê em um adulto com essas características,nao creio. A única certeza que tenho no momento é que você é uma criança feliz, que não chora 3.458 vezes por três horas seguidas antes de cochilar e acordar durante todo o resto da madrugada aos gritos procurando por mim. Agora você acorda tranquilo, vira a cabecinha e me olha esticando as mãozinhas em meu rosto para que eu acorde, depois você sorri e faz o biquinho do mamar.

Pra que ter medo de um adulto frustrado que nem sei se vai existir, se posso ter um pedacinho de gente satisfeito por ter minha companhia nos momentos que ele julga necessário?? Como sua mamis era bestinha. O que importa é o nosso bem estar. Você precisa de mim para dormir bem e eu de você. Qual grande absurdo nisso, não é mesmo??

Quanto tempo isso vai durar? Não sei. Do mesmo jeito que um dia você vai ter que aprender a fazer xixi no penico, cortar a carne com a faca e lavar bem suas orelhas, você também vai perceber que esse colchão ficará pequeno pra nós dois e vai saber que eu estarei bem perto caso algo aconteça, você vai me liberar filho, eu sei que vai…

E quando chegar esse dia, acho que quem mais vai sofrer sou eu, por não ter mais esses dedinhos passeando pelo meus olhos, puxando o meu nariz as três da manhã, me chamando pra um mamar bem abracadinhos embaixo do edredon.

Seu papai concorda com tudo isso, ele tem o tempo dele e sabe o quanto isso tudo está sendo importante para o bem estar da nossa família. Afinal, o que adiantaria desobedecer a vontade de te ver feliz por causa de um berço gelado?

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Nasceu uma família…

As noites anteriores foram de muita ansiedade, e muitas vezes, despertei no meio da madrugada sem sono, outras, sonhei com o tão aguardado momento em flashes confusos e um pouco perturbadores. Na véspera foi bem diferente, tive uma madrugada serena e de sono tranquilo.

Meu parto foi marcado para as 07:00h da manhã. As 05h30h acordamos e fui tomar um banho e me arrumar: ajeitei o cabelo e fiz uma maquiagem básica  pra disfarçar as olheiras e o rosto inchado. Passei corretivo no medo e usei a alegria de blush, pra ficar bem estampada em meu rosto.

Assim que chegamos à maternidade, o medico, a assistente e o anestesista já nos aguardavam na recepção. Falamos com eles, assinamos alguns papeis e fui pro quarto esperar a técnica de enfermagem levar aquela roupinha da bunda de fora. Depois de tudo pronto, chegou o rapaz com a maca e fui rumo à sala de cirurgia.

Confesso que até o último momento não parecia que tinha chegado a hora, estava sendo tudo tão simples, tipo, cheguei , troquei de roupa e estou indo ali buscar meu bebê. Onde estava todo aquele roteiro ensaiado durante nove meses? Realmente, as cenas de filmes e novelas são apenas cenas de filmes e novelas. As luzes do teto que me guiavam até a sala de cirurgia foram contadas mentalmente uma a uma entre alguns devaneios: “Tá chegando”, “Mantenha a calma Ana”, “Posso gritar?”, “Cara, não estou crendo nisso”, “Respira fundo, respira fundo”, “Filhooo, vamos nos conhecer aqui foraaaa!”, enfim, muita ansiedade e expectativa. Marido foi ao lado, acompanhando e perguntando se estava tudo bem. Estava. Fui para a sala, enquanto ele foi pra não sei onde trocar de  roupa.

Começou todo o processo de preparação para a cesária. Conversei com a anestesista, que foi um amor e foi me explicando todo o processo. A ráqui é incomoda, mas não é dolorida, foi tranquilo e suportável. Olhava pra minha tão amada barriguinha, naquela posição de lado, e a vontade de pedir um stop no relógio era imensa, fechei os olhos, pedi proteção a Deus, pensei em alguns momentos bons da gravidez, alisei pela última vez o meu buchinho, engoli  o nó na garganta.Já estava com tantas  saudades…

***Nessa hora também, ela olhou pra minha mão e como estou com  alergia de contato, (porque não posso tocar nem em poeira e usei uma luva de látex que também me causou a danada da alergia) falei pra ela do ocorrido e na mesma hora todo o material da cirurgia foi trocado, o que acabou atrasando um pouco o parto. Bem, antes que pensem “Sua louca porque você não avisou antes?”… Não achei que f0sse tão necessário assim, até porque a alergia é na mão e não dentro de mim, bem, esquece. Mas eles tiveram tanto cuidado que nenhuma enfermeira tocava no meu calcanhar com uma luva de látex, até os funcionários que manipularam os remédios que tomei  foram avisados a não fazer usando as tais luvas, super dei trabalho, rá!***

Mas voltando…

Dr. Carlos entrou e começou a cirurgia. Olhei para os lados e nada do Leo entrar também, foi me dando a maior vontade de chorar, queria ele ali o quanto antes. Quando perguntei por ele pela segunda vez ou pensei em perguntar, sei lá, ele veio ao meu lado e falou que estava ali comigo e filmando o parto, me pediu calma e  foi para o lado de lá  do pano (É, ele me conhece internamente e falou que as minhas sete camadas de gordura não são tão feias assim) e prontamente pensei  “Se acontecer alguma coisa inesperada ele vai resolver, agora sim, estou segura”. Um apoio emocional é fundamental nesse momento, nem imaginava o quanto.

Ainda tentava manter a calma, quando escutava os batimentos aumentando, (lá naquele aparelho do pi..pi..pi), controlei o ritmo do meu coração até então, mas quando ouvi o médico mostrando o Vini  ainda dentro da minha barriga para o pai, me entreguei ao momento e a emoção e deixei que todas as lágrimas acumuladas até então fizessem a festa, depois não demorou mais do que cinco minutos pra escutar o chorinho do Vinícius.

Agora vocês terão que me desculpar, porque esse momento não tem como descrever… é imensamente maior do que qualquer palavra e não existe substantivo para tal sentimento. Só sei dizer que a primeira vez que olhei o meu bebê deitado sobre o meu peito, chorando que nem um bezerrinho escandaloso foi o momento mais  importante de toda a minha vida… Falei baixinho “Calma filho, mamãe ta aqui, calma pequeno, bem vindo!”. Pronto, posamos pra foto e tenho certeza que ali nasceu uma família feliz!!!

Fotos do meu galã lá no Flickr

 

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Improviso, explosões e paixão

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Ai faz assim ó: Coloca os ingredientes acima no liquidificador e bate por mais ou menos uns 4 minutos. Tem que ser esse tempão sim viu?? Depois prossegue normalmente, com a velha colher de pau, o chocolate em pó e pra quem quiser, uma colherzinha de manteiga. Fica tão parecido que nunca mais haverá problemas se faltar leite condensado na dispensa.

*** Ele mexe tanto, ele mexe tanto, mexe tanto…parece fogos de artificio na minha barriga, explodindo chutinhos!

*** É bom renovar, é bom beijar na praia com boca salgada, é bom um quarto luminoso, é bom o celular não tocar a mais de um mês, é bom saber que mesmo longe tem gente por perto, é bom saber que as folhas da árvore em  frente a minha janela estão tão verdinhas que os olhos se fecham da luz que reluz…

*** Paixão: Quando apesar da placa “perigo” o desejo vai e entra (Adriana Falcão). E é se esquecendo das datas que a gente não acredita que paixão só dure 3 anos e continuamos sem enxergar  a placa.

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Meninos…

Já vi em vários lugares esse texto, mas só hoje, encontrei ele completo e com o nome do autor. Acho que vocês já devem conhecer, é lindo e me faz chorar TODAS as vezes que leio.

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O que é um menino?
Alan Beck

Entre a inocência da infância e a compostura da maturidade há uma deliciosa criatura chamada menino. Embora se apresentem em tamanhos, pesos e cores sortidos, todos os meninos tem o mesmo credo: aproveitar cada segundo de cada minuto de todas as horas de todos os dias e protestar ruidosamente – o barulho é sua única arma – quando seu último minuto é decretado e os adultos o empacotam e metem na cama.

Meninos são encontrados em todas as partes: em cima de, embaixo de, subindo em, balançando-se no, correndo em volta de, pulando para. As mães os adoram, as meninas os odeiam, irmãos e irmãs mais velhos os suportam, adultos os ignoram, o céu os protege. Um menino é a Verdade com o rosto sujo, a Beleza com um corte no dedo, a Sabedoria com um chiclete no cabelo, a Esperança do futuro com uma rã no bolso.

Quando você está ocupado, um menino é um conversa-fiada, intrometido e amolante. Quando você deseja que ele cause boa impressão, seu cérebro vira geléia, ou ele se transforma em uma criatura sádica e selvagem empenhada em desmontar o mundo ao seu redor.

Um menino é um híbrido : o apetite de um cavalo, a disposição de um engole-espadas, a energia de uma bomba atômica de bolso, a curiosidade de um gato, os pulmões de um ditador, a imaginação de um Júlio Verne, o retraimento de uma violeta, o entusiasmo de um bombeiro e quando se mete a fazer alguma coisa é como se tivesse cinco polegares em cada mão.

Gosta de sorvete, canivetes, serrotes, pedaços de pau, água (no seu habitat natural), bichos grandes, Papai, sábados, domingos e feriados, mangueiras de água. Não é partidário de catecismo, escolas, livros sem figuras, lições de música, colarinhos, barbeiros, meninas, agasalhos, adultos e ” hora de dormir”. Ninguém se levanta tão cedo, nem chega tão tarde para o jantar. Ninguém se diverte tanto com árvores, cachorros e mosquitos. Ninguém é capaz de meter num único bolso um canivete enferrujado, uma maçã comida pela metade, um metro e meio de barbante, um saco de matéria plástica, duas pastilhas de chiclete, três notas de um Real, um estilingue e um fragmento de “substância ignorada”.

Um menino é uma criatura mágica: você pode mantê-lo fora de seu escritório, mas não pode expulsá-lo de seu coração. Pode pô-lo para fora da sala de visitas mas não pode tirá-lo de sua mente. Queira ou não, ele é o seu captor, seu carcereiro, seu dono, seu patrão, uma cara sarapintado, um nanico, um mata-gatos, um pacote de encrencas. Mas quando à noite você chega em casa, com suas esperanças e seus sonhos reduzidos a pedaços, ele possui a magia de soldá-los em um segundo, pronunciando duas palavras somente: “Oi, papai”…

Marido falou que esse final de semana fará uma postagem falando sobre a “experiência” dele com a minha gravidez. Virão mais lágrimas por ai…de muita emoção e amor.

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É culpa da genética…

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Tirando a minha fase bebê fofinha eu nunca fui gorda. Quando criança, com uns sete-oito anos, fui ficando magricela das pernas finas e das orelhas grandes. Chegou a adolescência e como toda menina normal eu queria ser gostosa e sedutora, queria ter carne. Me danei a tomar aqueles “estimulantes de apetite” durante anos e nada acontecia, continuei magricela, vestido 34-36, inferno achar uma calça jeans que me deixasse no ponto. Lá pelos 18-19 é que a coisa foi melhorando, depois que inicie nesse mundo adulto de sexo, drogas  e rock’n’roll,  fui chamada de gostosa muitas vezes e adorava quando falavam: “Você é a falsa magra”, na minha cabeça: Sou magra mas sou gostosa, yes!!

Por conta desse histórico genético, nunca me preocupei com alimentação. Sempre comi de tudo, todas as porcarias e brebotes do universo já habitaram o meu ser. Só que veio a gravidez e com ela o meu juízo se deu conta que precisava comer alimentos saudáveis, nutritivos e ricos em todas as vitaminas de A a Z. Lascou!

No início de tudo, quando ainda não sabia que tinha esse pequeno em mim, veio  obviamente os enjôos e achando que estava com problemas de estômago, tomei quase um vidro inteiro de hidróxido de alumínio ( Vinícius nascerá meio prata, talvez…) em dois dias. Depois da confirmação da gravidez a coisa só fez piorar, nem podia tomar meu remedinho, nem o Dramin fazia efeito, nem conseguia comer um pedaço de pão. E sobrevivi durante quase dois meses na água de coco.Perdi quatro quilos, estava mais magra grávida do que não grávida.

Do quarto ao quinto mês,  a coisa foi melhorando e o meu apetite duplicou. Mas o que comer de saudável?? E a “bitolação” ronda a cabeça da gente sobre o que é necessário e imprescindível e o que não pode jamais. Eu que moro sozinha com marido aqui nessa cidade de parentes distantes, que não tenho uma vó que faça uma mistura de legumes louca ou uma mãe que me traga aquele suco de laranja-acerola-beterraba, vou me virando como posso. A dificuldade mora em preparar as coisas boas, quando a gente só é acostumada a fritar hambúrguer e em escolher o melhor  abacaxi no mercado, quando a gente só sabe comprar um sorvete da mesma fruta.Então  faço assim: Se vou a padaria (uma mega padaria que tem aqui no meu bairro) opto por um salgado integral ou um sanduíche natural com o tal suco potente ou o famoso morango com leite. Se saio pra almoçar fora e vou ao self service, coloco sempre muitos legumes e coisas que eu sei que jamais saberei preparar em casa .Se quero comer leite condensado, tento misturar com alguma fruta. Se como um pedaço de bolo, tomo um copo de leite em seguida. Vou me virando nos trinta. Não sei se de forma certa ou errada, mas até agora as taxas estão ótimas.

Mas mesmo assim, sei que não me alimento bem e livro a minha culpa lembrando de tomar as vitaminas em cápsulas que o médico passa (dã) e fazendo esse balanço entre o que presta e o que não presta. Como muito carboidrato e muito doce o dia todo e é graças a genética que só engordei 8 quilos até agora (eu to falando SÓ mas nem sei se é muito ou pouco, estou me baseando pelos comentários de “você não engordou nada Ana”).

A verdade é que os quilos a mais não me incomodam, o que me preocupa é saber se meu filho é saudável, se ele se desenvolve bem e se não falta um prato de arroz e feijão lá dentro da barriguinha dele. Se precisar comer olho de cabra, peixe vivo ou pinto quase formado dentro do ovo (viram No Limite?! Aff…), eu como.

Ontem na consulta com o Dr. Galhudo:

-Evite sempre o sal, pra evitar a retenção de líquidos, nessa nova fase que se inicia é bom evitar.

-E doce Dr. pode??

-Você é magrinha, suas taxas estão boas. Pode sim. Só cuidado pra não engordar demais, o que acho difícil, seus bracinhos continuam tão fininhos e eu estou vendo a sua saboneteira daqui.

Adoro!

Pra comemorar, fui na doceria mais próxima do hospital e me presentiei com um sorvetão e muita calda de morango. Hoje, fiz esse almocinho de espaguete refogado no alho e manteiga (argh) acompanhado de  uma cenourinha e brócolis cozinhado no vapor. Tá tudo certo, não ta??

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A viagem…

A viagem foi ótima e não poderia ter sido melhor. Foi uma viagem de bons sentimentos. Vi pessoinhas que acabaram de nascer e aquelas que nasceram no último ano da minha visita. Abracei alguns que jamais pensei em abraçar de novo. Reencontrei parentes tão próximos mas que não via a mais de quinze anos. Sorri mais uma vez com as minhas amigas de infância, de faculdade, de adolescência, de ex trabalho. Escutei a minha vó contar pela milésima vez a história da vida dela e tive o privilégio de tirar uma foto com a minha tia-vó olhando pra câmera (um verdadeiro milagre). Passei momentos antes rotineiros com meu pai, tomamos café juntos, e mais uma vez ele chorou quando tive que me despedir no aeroporto. Falei sobre filhos com a minha mãe. Descobri que a minha irmã será a melhor tia do mundo e o meu cunhado, idem. Comprei coisinhas para o meu pequeno, ganhei presentes lindos. Senti-me tão “amada salve salve” que só posso chegar a uma conclusão: Sou feliz e ponto.Obrigada a todos, obrigada Deus.

Colagem do Picnik

Colagem do Picnik

Colagem do Picnik 1

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Vivendo Vinícius!!

Como estou sumida ne?? Ainda na terrinha perrnambucana, só volto no sábado para o Rio,  estou aqui só matando as saudades da família e dos amigos.  Como amo tudo isso.

Ganhando e comprando cada coisinha linda pro meu pequeno, nem sei como volto pra casa com tanta bagagem,rsrsrs, depois mostro as coisinhas fofas do meu príncipe pra vocês.

Logo no comecinho da viagem ganhei um presente muito especial de uma amiga-irmã e fotógrafa. Fui passar um dia lindo na praia de Muro Alto (próximo a Porto de Galinhas), como uma diva barriguda, paparicada e produzida (pena que marido teve que ficar trabalhando e não apareceu no book). As fotos ficaram maravilhosas e a minha pessoa virou outra, com aquela câmera de mil lentes acompanhada da minha amiga mega taletosa.

Criei um Flickr somente pra colocar fotos da gravidez e depois do nascimento e desenvolvimento do nosso fuinha. Quem quiser conferir a pitanga se achando a última coca cola do deserto, ops, da praia, é só clicar aqui.

Próxima semana volto com a minha rotina normal, com muitas novidades e com as visitinhas nos blogs das amigas!

Beijocas

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O rostinho do meu príncipe…

Esse é o tipo de foto que só mãe entende, mas confesso que fico com vontade de estampar na camiseta, colocar nos outdoors da cidade inteeeira  e criar uma corrente no email do povo que diga “Esse é Vinícius, passe dez segundos olhando pra essa imagem ou vai ficar cegueta!”.

É ou não é liiiiindo mamãe?? E a pontinha do nariz? E o biquinho?? Hahahaha…

Vinícius perfil

Hoje fiz a ultra morfológica, até então, estava bastante apreensiva com o desenvolvimento do meu pequeno.

Por quê?

Bem, algumas queridas que já me conhecem de longa data, sabem que eu e maridex, somos primos de primeiro grau (o pai dele é irmão da minha mãe) e ter um filho pra mim, só se fosse estrategicamente calculado, projetado e geneticamente estudado.  Como fui pega de surpresa (depois conto esse outro babado) e presenteada por papai do céu, as coisas não aconteceram no tempo e do jeito que a gente esperava , então só me resta mesmo pedir a todos os anjinhos da guarda que tragam meu filho com saúde, habilidade e disposição (créu).

Meu médico diz que tá tudo bem, que o Vini é o pimpolho mais saudável desse mundão e que eu desencane e só pense em coisas boas. Quando entro em sua sala acho que ele já pensa “Lá vai ela me lembrar que é a paciente do casamento consangüíneo”, de tanto que eu pergunto para o homem se as taxas estão normais, se o tamanho do fêmur é compatível, se eu não tenho que fazer algum exame especial e por ai vai…

…Voltando a ultra…

Não via a hora de chegar a semana certa pra realiza-la e enquanto a médica não acabou de vasculhar o bebê de cima até embaixo, até a palma do pezinho (dã), eu não sosseguei. Depois dela responder umas três vezes, que sim, ele tem todos os órgãos perfeitos e não tá faltando nada,  finalmente respirei tranquila e feliz.

Sei que tem problemas que ainda não podem ser detectados, alias, muitos deles somente depois do nascimento ou na infância ou até mesmo na fase adulta, vai saber… mas também, querendo ou não, todos estamos sujeitos. É como Dr. Carlos Galhardo diz: Só pense em coisas boas menina, só coisas boas…É isso ai tio!

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Fotos de Donela

Donela

Teatro Mágico

Composição: Fernando Anitelli

Donela menina de pano
linda boneca de pena
Vai parir não vai parar
Crianças de aquarela
Vai criar um coração
de um tamanho que não cessa
Vai cuidar da criação
A flor de filho a pedra e água
A filha pede a madrugada
Tudo em volta gira e gera
Tudo em volta não espera
Mãe porque o sorvete é de soja
Mãe porque eu não posso dormir sujo
Mãe me diz o que você quer que eu seja
Mão me diz quem é você (2x)
Mãe quem é Fidel e o que é um Papa
Mãe como você faz pra voar
Mãe porque não mata barata
Mãe me diz quem é você (4x)

19 semanas

Colagem do Picnik 2

21 semanas

Colagem do Picnik 3

24 semanas

Colagem do Picnik 1

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To vindo lá do sertão…

Ontem fomos a Feira de Tradições Nordestinas ou Feira de São Cristovão, ou ainda, Feira dos Paraíbas. Eu ja falei lá no Prendadas algumas vezes sobre a saudade que sinto da minha terra (Recife-PE) e o quanto sinto falta de algumas particularidades do meu lugarzinho. Beleza. Mas hoje eu escrevo sobre oooutras coisas, sobre situações “engraçadas” que a gente passa quando as pessoas daqui (sudeste) tem uma visão um pouco engessada do que mal conhecem.

Meu marido é carioca e antes de ir me capturar em terras nordestinas, achou que encontraria aquele climão de seca no sertão, ruas curtas e de barro, comércio pequeno e pessoas andando com roupas esfarrapadas e pé no chão, tanto é que  até hoje fala que eu era uma cortadora de cana que ele resgatou do trabalho escravo e me deu uma vida digna na cidade grande. Calma, ok…tudo bem vai, deixando o exagero um pouco de lado, ele imaginava que Recife seria um lugar bacana, e claro, eu não era nenhuma bóia fria, já que falava com ele pela internet sobre todos os assuntos do Brasil e do mundo (sim, lá tem banda larga, tem tecnologia),   frequentava uma faculdade e tinha um emprego decente (sim, lá tem faculdades e empresas de todos os portes, rá!) e não era uma mocinha bobinha do meio do mato (sim, lá ninguém é inocente nem muito menos fácil de enrolar). Mas ele ainda assim, ficou surpreso com o que encontrou…

” Mas Bita, isso aqui é tão parecido com o Rio”.

“Pois é meu amor, menos um ignorante na face da terra”.

Com perdão da expressão ignorante, a quem possa ofender, mas que aqui é usada no sentindo denotativo (adj. e s.m. e s.f. Que não tem saber. / Que não é instruído em certas coisas.), e não faz mal a ninguem reconhecer-se como tal.

Voltando àquelas situações “engraçadas” que eu falei no começo do post, elas seriam totalmente normais pra mim, se não me fizesse ficar  bege com bolinhas verdes fluorescentes, com o que escuto de vez em quando nessas bandas de cá. Não, eu não fico chateada, juro, nem muito menos acho que é preconceito ou coisa parecida, até porque sou tratada muito bem por todo mundo, eu fico é simplesmente bege com bolinhas verdes fluorescentes, só isso.

Ai teve uma amiga do trabalho, lá em SP, que falou assim:

“Nossa Ana, você aprendeu a se vestir bem tão rápido! Suas roupas são tão paulistas”

(Ela achava que eu vivia de vestidinho de chita)

A Vó do meu marido na primeira vez que me viu:

“Olha Leo, ela não tem cara de nortista, rostinho todo fininho”

(Como assim Vó Bial?? Recife é no nordeste e mesmo assim eu não entendi a brincadeira…)

O meu cunhado cabeção sem noção:

“Vamos comer no Habib´s”

“Ah, novidade pra Aninha ne? Tá viciada??”

(Confesso que nesse dia fiquei meio sem paciência, mas quando ele soube que lá em Recife, o Burger King chegou primeiro do que aqui no Rio, fiquei com esperanças que ele nunca mais iria duvidar,de que lá, a gente não come somente na barraca da feira livre)

E depois disso tudo, quem mais aprendeu fui eu. Eu tenho certeza que lá na Amazônia não existe só índio, que a África não é composta somente de fome, miséria e AIDS e que os americanos não são um monte de babacas comendo fast food e pronto. Que não devo estigmatizar nada nesse mundão.

E voltando a Feira dos Paraíbas, como aqui todo mundo que fale “oxe”, “égua” e goste de um forró, é chamado, a tarde foi ótima, regada a carne de sol com manteiga de garrafa, guaraná Jesus, quadrilha e bandeirinhas de são joão.

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Jusus

micos

Bitos

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