Livros e look!!!

Gosto de livros femininos.  Adoro mulheres escrevendo sobre mulheres: melancolias típicas, entusiasmos comuns, reflexões solitárias. Como leitora, gosto de me identificar com as personagens que nos tocam, que nos fazem rir e chorar, que nos fazem ser um pouco delas em cada parágrafo ou numa frase dita. Tá bom, homem também emociona, mas pra mim não é igual, alma feminina, sentimento feminino, mulher escrevendo mulher…é outra história.

Lembro que quando li o livro da Fal Azevedo, o Minúsculos Assassinatos e Alguns Copos de Leite, fiquei atônita a cada página que passava, derramava lágrimas pensando “Caraca, sou eu. Ela tá escrevendo a minha alma”, com o best Comer, Rezar e Amar eu também estava ali, naquelas linhas, “Putz, é exatamente por isso que preciso passar”, quando li o Agua Viva, da Clarice Lispector, não tinha como não repetir pra mim mesma ” É isso que eu preciso falar, é isso que eu sinto”, e por ai vai…

Curioso, nunca li um único exemplar da Marian Keyes, nem sei se é bom ou se é ruim, mas  digamos que as “capas” não me chamam a atenção, nem essa coisa de produção em série.

O meu marido gosta  exatamente do oposto. Livros masculinos. Não, não seria de ficção científica ou da história do seu time de futebol. Falo de romances…ele adora romances, mas tenho notado que a personagem central, da maioria deles, são sempre homens. Ele insistia pra que eu lesse “O Encontro Marcado” do Fernando Sabino, achei ótimo, maravilhoso, e inúmeras vezes  questionei comigo que se fosse “mulher” não agiria como o Eduardo Marciano. O livro cheirava a atitude masculinas.

Enfim, esse papo todo é somente pra dizer que esse final de semana fui ao shopping e entrei em todas as cinco livrarias daquele lugar, procurando um livro que Leo queria muito comprar e acabei me deparando com os próximos exemplares que dividirão as minhas noites em claro de mamadas sem fim…Não comprei nenhum, era o dia dele gastar com essas coisas, fizemos um acordinho financeiro e eu preferir comprar vestidos de prenha. Mas como fazer uma listinha não custa nada, eis aqui, mulheres falando sobre mulheres:

A Chave de Casa

Tatiana Salem Levy (Brasileira, super jovem e entendida das coisas desse mundo da literatura, pesquisei sobre ela e só elogios!)

Sinopse:

“A Chave de Casa”, da editora Record, romance finalista do prêmio Jabuti 2008, deu à autora Salem Levy o Prêmio São Paulo de Literatura na categoria autor estreante.

Tudo se inicia quando a personagem-narradora ganha de seu avô uma chave muito antiga, da casa em que ele morou na Turquia, antes de vir ao Brasil. E com essa chave vem uma missão: voltar à cidade turca de Esmirna e encontrar a casa e parentes judeus que ficaram por lá.A narrativa transita entre diferentes momentos da vida da personagem, em histórias que ao final se completam: a vinda de seu avô ao Brasil, momentos dolorosos de seus pais durante a ditadura militar, o seu relacionamento intenso com um homem violento, a sua viagem à Turquia e a sofrida morte de sua mãe.

Judite no País do Futuro

Adriana Armony

Sinopse:

O romance acompanha a trajetória de Judite, que emigra da Palestina para o Brasil após a Primeira Guerra Mundial. Com delicadeza literária, mas sem deixar de lado o rigor histórico, Adriana Armony apresenta três passagens da vida da personagem – primeiro, Judite na Palestina, ainda moça; depois, em Além Paraíba, em Minas Gerais, quase fronteira com o Rio de Janeiro, onde divide-se entre os filhos, o marido e uma paixão proibida; ainda a reencontramos no Rio de Janeiro, anos depois, já velha e viúva. Judite no país do futuro é um romance que fala da capacidade do ser humano de se adaptar a novas realidades.

Receitas Caseiras para Viver e Morrer

Debra Adelaide

(Bem, eu não achei nenhuma sinopse decente do livro, mas li um pouquinho dele na livraria ontem e é maravilhoso.com, acreditem. Não é de auto ajuda meu povo, não é. É romance dos bons, daqueles que divertem)

Sinopse:

Délia escreve uma coluna de sucesso no jornal, oferecendo dicas sobre como lidar com problemas cotidianos. Quando descobre que está doente, ela prepara uma lista de coisas a fazer, desde planejar o casamento da filha até voltar à cidade que guarda lembranças de seu passado.

Eu sei,tá errado, como indicar livros que ainda nem li?! Ó gente, é uma sugestão descompromissada do meu faro pra coisa boa ta? Estilos diferentes, é verdade, mas todos sobre nós.

E agora o look da mamãe aqui, com esse pretinho básico fiquei com barriga de 4 meses viu? Disfarçou que foi uma maravilha, não que eu queira esconder, porque grávida tem seus previlégios na hora da fila, mas já fiquei imaginando que pra depois de parida o bicho vai virar uniforme diário…

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