Não, não fui enterrada com Clodovil nem muito menos com o Michael. Estou viva numa vida completamente nova, digamos que quase “ressuscitei” dos primeiros três meses de gestação numa cidade que tem sol, praia e calor.Viva!!
Foi um perrengue sim.
Mudei na correria, de SP para o RJ por conta do trabalho de marido, porque ele abala o bangú na sua empresa e é o super-homem resolvedor de todos os problemas e todo mundo grita o seu nome em todos as cidades desse país, caso de vida ou morte sabe? Depois da cidade maravilhosa estou só esperando ir para NY viver uma vida de latino-americana glamurosa…Por enquanto, estou aqui nas redondezas da City of God.
No meio dessa agonia de ter que sair de meu apartamento recém-decorado quase pronto e do meu primogênito me fazer enjoar até de pão com manteiga, eu posso dizer que estou aqui: firme, morando em um apartamento construído em 1752 (onde nem existia massa corrida nas paredes-mas isso é em outro post), com alguns centímetros a mais de cintura e forte, muito forte. E não estou reclamando, quase morei por uns tempos na casa da sogra e perdi meu baby…Como nenhuma das duas opções aconteceram de fato, estou mais feliz do que nunca.
A história de ir morar com a sogra foi porque meu marido e eu tivemos somente uma semana (lembram que ele é um master funcionário-sofredor?) para procurar um novo cafofo, encaixotar nossos panos de bunda, resolver toda a papelada burocrática que é um contrato de locação e fazer a mudança de fato. Quase que isso não acontecia, mas somos ninjas e escapamos de passar mais do que uma semaninha como hóspedes em território de guerra.
Nessa mesma semana, meu fuinha resolve fazer uma pegadinha do malandro e me leva ao hospital com sangramento e cólicas…ameaça de aborto! Só ficou na ameaça, porque eu como muito cuscuz com leite e acho que a mistura já corre em seu sangue, o menino aguenta o tranco. Depois do susto tive que me submeter a um mega repouso forçado, vomitar algumas milhares de vezes, perder 4 quilos do corpinho sarado que Deus me deu (sonho meu, sonho meu) e ainda tirar umas férias de internet. Por que da última mudança? Bem, assim como enjoei do meu pão diário eu também enjoei, tomei abuso, fiquei com raiva, desejei a extinção e quase quebrei todo e qualquer computador que eu enxergava em minha frente.
Pronto, ta explicado o sumisso né? E antes que neguinho venha me perguntar do Prendadas, só tenho uma coisa a dizer: A vibe é outra. Por enquanto, deixarei o bloguito desativado e um dia a gente faz um retorno triunfal.
Quero agradecer demais a todos os emails e comentários que recebi das pessoas querendo saber se eu estava bem e também as meninas-colaboradoras que seguraram a onda lá no prendis.
Por aqui, muito suco de pitanga…
Ana Robson Crusoé, liberta depois de alguns meses reclusa em alguma ilha perdida no oceano…
Ana Medeiros
Caroço da Pitanga 